Comissão Executiva
Brasil
Roberto Lent
Coordenador
Professor Emérito de Neurociência do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e Pesquisador do Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino. Trabalha na universidade há quase 50 anos, onde foi chefe de departamento e diretor do instituto. Tem liderado muitos estudos sobre neuroplasticidade, neurodesenvolvimento e evolução do sistema nervoso, empregando diferentes técnicas, da biologia celular à neuroimagem. Por seu trabalho científico, foi eleito membro titular da Academia Brasileira de Ciências, da qual é atualmente um dos diretores. Além de seus artigos científicos publicados em revistas especializadas e livros, Lent dedica parte de seu tempo à popularização da Neurociência, com livros para adultos e crianças, bem como uma coluna semanal no maior jornal diário brasileiro (O Globo). Por essas atividades recebeu o Prêmio de Compreensão Pública e Popularização da Ciência em 2010. Mais recentemente, Lent fundou e coordena a Rede Nacional de Ciência para Educação, uma associação de pesquisadores de todas as disciplinas, dedicada a promover a pesquisa translacional aplicada à aprendizagem e a outros temas educacionais.
Brasil
Marília Z. P. Guimarães
Coordenadora Adjunta
Doutora em Ciências Biológicas (Biofísica/Neurociências) pela UFRJ e pós-doutora como Pew Latin American Fellows na UCSF (EUA). Atualmente é professora associada da UFRJ, pesquisadora colaboradora no Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino e Coordenadora Científica da Rede Nacional de Ciência para Educação (Rede CpE). Tem experiência na área de Farmacologia Molecular, com ênfase em Neurofarmacologia de Canabinoides. Mãe da Carolina e da Marina.
Brasil
Christiane Villanueva
Assistente Executiva
Formada em administração e possui MBA em gestão de projetos pela FGV. É especialista em Gestão de Projetos em pesquisas no IDOR. Na Cátedra, fornece suporte administrativo em suas iniciativas.
Conselho Científico
Argentina
Andrea P. Goldin
Pesquisadora especializada em neurociência; em particular, em ciências cognitivas e neurociência educacional. Investiga a transferência de aprendizagens: por quê é tão difícil aplicar conhecimentos para resolver problemas diferentes. E Andréa faz isso com várias abordagens experimentais: desde jogos de computador para crianças pequenas até diálogos socráticos em âmbitos áulicos. É membro da comissão diretora da Expedição Ciência, ONG dedicada ao ensino de ciências, e é bolsista de Intercâmbio em Ciências da Aprendizagem (New America e Fundação Jacobs). Ganhou o prêmio Inovadores menores de 35 anos (MIT Technology Review). É pesquisadora associada do Centro para Avaliação de Políticas baseadas em Evidências (CEPE) e da Unidade de Ciências do comportamento e políticas públicas do Poder Executivo (Argentina). É autora de mais de vinte trabalhos científicos publicados em prestigiosas revistas internacionais, e proferiu conferências em vários países, incluindo palestras de divulgação científica (entre elas uma TEDx muito assistida: “Cerebrar a Educação”), além de seminários de capacitação e formação docente. Escreveu capítulos de livros e desenvolveu recursos educacionais para a sala de aula. É autora de “Neurociência na Escola. Guia amigável (e sem bla bla) para entender como funciona o cérebro durante a aprendizagem” (Siglo XXI). É professora convidada em várias instituições e universidades nacionais e internacionais.
Argentina
Cecilia I. Calero
Diretora da Área de Educação e professora da Universidade Torcuato di Tella (UTDT), é pesquisadora adjunta do CONICET (Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica) e pesquisadora associada do Centro para Avaliação de Políticas Baseadas em Evidências (CEPE). Em 2006 obteve o título de Licenciatura e em 2011 o Doutorado em Ciências Biológicas pela Universidade de Buenos Aires. Em seguida realizou um pós-doutorado no Laboratório de Neurociência Integrativa (FCEN-BA). Publicou numerosos trabalhos em revistas internacionais de sua área e recebeu bolsas e auxílios de pesquisa de instituições como o CONICET, a Universidade de Nova York, a Organização Internacional de Pesquisa sobre o Cérebro (IBRO) e a Fundação James S. McDonnell, entre outras. Foi vice-diretora do Laboratório de Neurociência da UTDT e professora da Universidade de Nova York (NYU-BA). Cecilia dirige várias linhas de pesquisa nas quais combina os campos da Educação, Psicologia Experimental e Neurociência. Neles, estuda a relação entre a capacidade de ensinar e a própria experiência de aprendizagem e o impacto da tutoria entre pares.
Argentina
Sebastian J. Lipina
Pesquisador do Conselho Nacional de Pesquisas Científicas e Técnicas (CONICET) em Buenos Aires, Argentina, atual Diretor da Unidade de Neurobiologia Aplicada (UMA, CEMIC-CONICET), e Professor Adjunto de “Vulnerabilidade Social e Desenvolvimento Cognitivo” na Escola de Humanidades, Universidade Nacional de San Martin (UNSAM). Ademais, Sebastian é Membro do Comitê Interdisciplinar da Sociedade de Pesquisa em Desenvolvimento Infantil (SCRD), e Membro do Comitê de Ética (IRB) do CEMIC. Também atua como Voluntário do Programa “Cientistas a Postos” da Associação Americana para o Progresso da Ciência (AAAS), e como Consultor da Organização Panamericana da Saúde (OPAS), UNICEF e UNDP.
Bélgica
Filip De Fruyt
Professor titular sênior de Psicologia Diferencial e Avaliação de Personalidade na Universidade de Ghent, Bélgica. Atualmente ocupa a Cátedra Ayrton Senna, mantida pelo Instituto Ayrton Senna na Universidade de Ghent, estudando a avaliação e o desenvolvimento de habilidades de vida e empregabilidade em jovens. De Fruyt foi presidente da Associação Europeia de Psicologia da Personalidade (EAPP). É membro fundador do EDULAB21, Centro de Conhecimento do Instituto Ayrton Senna, apoiando, implementando e avaliando as políticas educacionais de grande escala no Brasil. De Fruyt se tornou membro da Sociedade de Psicologia Industrial e Organizacional (SIOP) em 2016, em reconhecimento a suas contribuições no campo da psicologia industrial e organizacional. Sua linha de pesquisa alcança um amplo domínio que inclui características adaptativas e maladaptativas, sua estrutura e desenvolvimento, manifestações transculturais de personalidade (geral e disfuncional) e interesses vocacionais. Ele também estuda o desenvolvimento de habilidades socioemocionais em jovens e adultos em várias culturas, como preditores do sucesso pessoal e profissional, em particular a empregabilidade. Além disso, se interessa pela emergência de liderança e avanço na carreira e questões relativas ao desenvolvimento. De Fruyt é autor/co-autor de mais de 200 artigos científicos e capítulos em um amplo arco de revistas acadêmicas de ponta, e seus trabalhos são frequentemente citados, com mais de 23.500 citações (Google Scholar, janeiro de 2023).
Chile
Marcela Peña
Professora Titular na Pontifícia Universidade Católica do Chile. Originalmente, ela é Médica Pediatra e obteve seu PhD em Ciência Cognitiva e Psicolinguística na Escola de Altos Estudos em Ciências Sociais, Paris, França. Seus interesses de pesquisa são focados na investigação do desenvolvimento cognitivo e aprendizagem em crianças. Integrando técnicas e métodos comportamentais e de neuroimagem, ela e sua equipe estudam como as crianças e bebês, com desenvolvimento típico ou atípico, aprendem a partir do ambiente externo, adquirem linguagem e desenvolvem outras habilidades superiores relevantes para o bem-estar.
Cuba
Nancy Estevez-Pérez
Pesquisadora do Centro de Neurociências de Cuba, Departamento de Neurodesenvolvimento, estuda os fundamentos neurocognitivos do desenvolvimento típico e transtornos específicos da aprendizagem, com vistas a implementar ferramentas/recursos para a avaliação precoce de crianças, estimulação e educação.
Finlândia
Ulla Richardson
Professora (Aprendizagem de línguas aprimorada por tecnologias) no Centro Ágora da Universidade de Jyväskylä, Finlândia. Foi pesquisadora do Estudo Longitudinal de Jyväskylä sobre Dislexia (liderado pelo Prof. Heikki Lyytinen) e também do Projeto de Desenvolvimento Precoce da Linguagem e Dislexia (liderado pelo Prof. Matti Leiwo), tendo finalizado seu PhD em linguística na Universidade de Jyväskylä em 1998. Depois disso, realizou um estágio pós-doutoral no Reino Unido. Em 2000, foi bolsista visitante de pesquisa no Instituto de Neurociência Cognitiva (University College, Londres), após o qual trabalhou como bolsista no Instituto de Saúde Infantil da UCL, no projeto Fatores Linguísticos, Processamento Fonológico e Ortográfico na Dislexia, liderado pela Profª. Usha Goswami. Ulla completou seu trabalho nesse projeto no Departamento de Educação da Universidade de Cambridge, após o qual retornou à Finlândia para conduzir o projeto Graphogame utilizando o Auxílio de Excelência Marie-Curie em 2005-2008. Seus focos de interesse atual são a percepção auditiva da fala, atenção fonológica, prevenção e intervenção na dislexia em várias línguas.
França
Grégoire Borst
Professor titular de Psicologia do desenvolvimento e neurociência cognitiva da educação na Université Paris Cité. É o diretor do Laboratório para o Estudo do Desenvolvimento Infantil e Educação (CNRS) na Sorbonne e membro honorário do Instituto Universitário da França. Obteve o PhD em 2005 na Universidade Paris Sud e foi bolsista de pós-doutorado na Universidade Harvard de 2006 a 2010. Seu trabalho foca no papel do controle comportamental, cognitivo e emocional no desenvolvimento e aprendizagem dentro e fora da escola de crianças e adolescentes. Publicou mais de 90 artigos e 9 livros incluindo três para crianças com o objetivo de explicar noções básicas sobre o cérebro e a mente. Trabalha em forte colaboração com a comunidade educacional e é membro sênior do Escritório Internacional de Educação (IBE) da UNESCO. Grégoire é codiretor de uma rede interdisciplinar de pesquisa em Educação e Aprendizagem reunindo 100 laboratórios e 700 pesquisadores na França. Também é o codiretor de um programa de pesquisa de 10 anos sobre Ciências para a Educação na França. Em 2021, recebeu o Prêmio Daignan-Bouveret da Academia de Ciências Morais e Políticas da França por seu projeto de pesquisa em ciências da aprendizagem.
Reino Unido
Paul Howard-Jones
Trabalha na Escola de Educação da Universidade de Bristol, onde realiza pesquisas focadas em temas na interface da neurociência cognitiva com a teoria, prática e políticas educacionais. Ele aplica diversos métodos de pesquisa, desde estudos computacionais de imagem do cérebro a observações em sala de aula, com vistas a compreender os processos de aprendizagem e sua relevância potencial à aprendizagem educacional. Ele é particularmente interessado nos processos pelos quais jogos comuns e jogos educacionais engajam os jogadores e conseguem apoiar a aprendizagem. Howard-Jones foi membro do grupo de trabalho da Royal Society do Reino Unido sobre Neurociência e Educação (2011). Em 2020 realizou um estágio na UNESCO (Genebra) focado na relação da neurociência com os contextos educacionais e culturais globais, e escreveu numerosas revisões e um dos primeiros livros-textos nessa área (Evolução do Cérebro Aprendiz, Routledge, 2010). Participou de muitos debates públicos e acadêmicos abordando a interrelação dessas duas áreas diferentes, e atualmente dedica-se a implementar a neurociência na Formação Inicial de Professores da Universidade de Bristol (apoiada pela Fundação Wellcome). Ele é mais conhecido por suas contribuições ao programa Vida Secreta das Crianças de 4 Anos e outros programas do Canal 4. Seu segundo livro, Pequena História do Cérebro que Aprende, acabou de ser publicado pela Routledge, e ele começou a pesquisar as atitudes e práticas dos professores a respeito da educação sobre mudanças climáticas. Atualmente coordena a Rede de Educação sobre Mudanças Climáticas do Reino Unido.
Reino Unido
Carolina Gordillo-Bravo
Carolina Gordillo-Bravo é uma pesquisadora em início de carreira e professora de Psicologia e Neurociência na Educação na Escola de Educação da Universidade de Bristol, Reino Unido, onde também dirige o programa de Neurociência e Educação que recebe estudantes de todo o mundo. Com formação em psicolinguística e educação, interessou-se pelos entendimentos de como a aprendizagem ocorre no cérebro e como a prática e os materiais de ensino poderiam ser aprimorados a partir de tais entendimentos. Ela completou um mestrado em Neurociência e Educação e, mais tarde, um doutorado investigando a exploração do recurso de videogame de rastreamento de movimento e sua influência na formação da memória declarativa. Ela também está interessada em usar a compreensão da neurociência cognitiva da aprendizagem para desenvolver uma ciência da aprendizagem e uma ciência do ensino por meio de pesquisas experimentais que ajudem a preencher a lacuna entre o conhecimento de laboratório e a prática em sala de aula. Ela é membro do Bristol Digital Futures Institute, uma comunidade acadêmica focada na inovação digital para um futuro melhor; e também membro do Centre for Psychological Approaches for Studying Education da Universidade de Bristol.
Estados Unidos
Andrea A. Chiba
Professora no Departamento de Ciência Cognitiva e no Programa de Neurociência da Universidade da California em San Diego, La Jolla, CA, EUA. Seu laboratório (Chiba Lab) almeja compreender os sistemas neurais e princípios subjacentes a aspectos da aprendizagem, memória, afeto e atenção, com ênfase na neuroplasticidade. O grupo do seu laboratório é bastante interdisciplinar, e utiliza uma variedade de técnicas neurobiológicas, neuroquímicas, neurofisiológicas, computacionais, robóticas e comportamentais. Ela tem sido ativa na “Brain Initiative” dos EUA. É também Co-diretora e Diretora Fundadora do Centro de Dinâmica Temporal da Aprendizagem, um dos centros da National Science Foundation (NSF) dos EUA sobre Ciências da Aprendizagem na Universidade da Califórnia, San Diego. A Profª Chiba e sua equipe foram agraciados com um prêmio da Iniciativa BRAIN da NSF por seu trabalho sobre a base neural da prossocialidade e interocepção.
Equador/Estados Unidos
Tracey Tokuhama-Espinosa
Docente da Escola de Extensão da Universidade Harvard, onde leciona 'Neurociência da Aprendizagem: Uma Introdução à ciência da Mente, Cérebro, Saúde e Educação'. É editora associada da revista Science of Learning, do grupo Nature. Tracey realiza pesquisas em Ciências da Aprendizagem, e especificamente dentro das ciências da Mente, Cérebro, (Saúde) e Educação. Seu trabalho atual foca no que as crianças querem saber sobre seus cérebros e a neurociência da escrita.
Uruguai
Alejandro Maiche
Psicólogo egresso da Universidade da República (UR) no Uruguai. Após graduar-se, transferiu-se para Barcelona onde se doutorou em Percepção, Comunicação e Tempo pela Universidade Autônoma de Barcelona (UAB) em 2002. Foi professor de Psicologia Básica na UAB até 2010. Nesse mesmo ano regressou ao Uruguai como professor de Psicologia Cognitiva na Faculdade de Psicologia (UR) e como diretor do Centro de Pesquisa Básica em Psicologia (CIBPsi), onde cientistas de diferentes disciplinas investigam a condição humana. Atualmente é Professor Titular de Psicologia Cognitiva na Faculdade de Psicologia da UR, Pesquisador nível II do Sistema Nacional de Pesquisadores do Uruguai (ANII) e Pesquisador grau 4 do Programa PEDECIBA. Desenvolve suas atividades de pesquisa no Centro Interdisciplinar de Cognição para o Ensino e a Aprendizagem (CICEA) cujo objetivo é conseguir uma melhor compreensão da aprendizagem de modo interdisciplinar. Alejandro publicou dezenas de artigos relacionados à percepção visual e à cognição numérica. Seus interesses de pesquisa incluem a percepção visual e a cognição numérica. Atualmente, seu trabalho concentra em desenvolver intervenções educacionais dirigidas a estimular as capacidades cognitivas nas primeiras etapas da educação, especificamente as relacionadas à aprendizagem precoce da matemática.
Uruguai
Alejandra Carboni
Formou-se na Universidade da República (UR) como licenciada em Psicologia em 1998. Cursou o Mestrado em Neuropsicologia infantil do Instituto Universitário Cediiap e em 2010 doutorou-se em Neurociências na Universidade Complutense de Madrid, Espanha. É coordenadora da Comissão Acadêmica de Pós-Graduação da UR, professora titular do programa Cognição na Faculdade de Psicologia, pesquisadora principal do Centro de Pesquisa Básica em Psicologia (CIBPSI) e do Centro Interdisciplinar em Cognição para o ensino e a aprendizagem (CICEA). Colabora com pesquisadores internacionais da Universidade Complutense de Madrid, a Universidade Jaume I, a Universidade Autônoma de Madrid (Espanha), a Universidade de Nova York (EUA), a Universidade de Edinburgo (Escócia), e a Universidade de Buenos Aires, Universidade Torcuato di Tella, e o Centro de Educação Médica e Pesquisas Clínicas “Norberto Quirino” (Argentina). Sua linha de pesquisa está baseada na Neurociência Cognitiva, com o objetivo de investigar os mecanismos atencionais e correlatos neuronais, bem como contribuir para o entendimento da relação entre o desenvolvimento cognitivo na primeira infância e o contexto socioeconômico. É autora de vários artigos científicos e livros e participou como conferencista convidada de diversas universidades e eventos internacionais.
Uruguai
Juan Valle-Lisboa
Se graduou como Bioquímico na Universidade da República (UR), Uruguai. Completou o Mestrado e o Doutorado em Biofísica e Neurociência Computacional. É pesquisador do Sistema Nacional de Pesquisadores e membro do Programa para o Desenvolvimento da Ciência Básica no Uruguai. Atualmente trabalha na Escola de Ciências e no Centro de Pesquisa Básica em Psicologia, na UR, Uruguai. Seus interesses atuais de pesquisa incluem a base neurobiológica da Linguagem e da Cognição, e os poderes e limites dos modelos de redes neurais. Sua pesquisa envolve o uso de métodos computacionais e recentemente eletroencefalografia e outras técnicas psicofísicas.